sábado, junho 30, 2007


- Não gostavas de ter uma familia?
- Tu és a minha familia...

sexta-feira, junho 29, 2007

Every little piece of your life Will mean something to someone


Eu tinha-me agarrado á ideia como se fosse a minha salvação( e talvez fosse).
Precisava de os ter á minha frente, de os ver, de os ouvir, de poder gritar, saltar, chorar, cantar com eles...
Ontem quando ela me contou que o concerto tinha sido cancelado, fiquei destroçada.
Não sei muito bem explicar a sensação, mas a realidade é que fiquei tão triste como se me tivessem levado alguma coisa de dentro de mim e não me pudessem devolver.
Tinha-me agarrado à ideia de os ver e era isso que queria, mais do que muita coisa que digo diariamente da boca para fora...
Agora?Agora resta-me manter a esperança como em tudo na minha vida,e que um dia mude e que possa realizar o desejo de os ter por perto...


Quando saiste de minha casa, a vontade que tinha era de chorar, chorar como quem perde alguma coisa.
No entanto embrulhei-me no teu cheiro e voltei para a cama, afinal já tudo está perdido, já nada vale a pena e nunca se pode voltar atrás...
E com tanta coisa que me rodeia, sinto-me sempre tão sozinha e estes últimos dias têm sido particularmente complicados, ajuda o dito periodo do mês que nos torna ainda mais sensiveis, mas será desculpa?

Na realidade o que gostava era de parar o tempo para estar, mas nunca posso estar.

Nem chorar consigo, a agonia é tão grande e não consigo deitar nada cá para fora, sinto as lágrimas presas a qualquer coisa.Não consigo desabafar, contar aquilo que me faz doer, não me consigo livrar dos meus fantasmas, não me consigo livrar de mim.

E estou tão cansada...


Cada vez me sinto mais assim...
Espero que seja só passageiro, eu pelo menos gosto de acreditar nisso...

quinta-feira, junho 28, 2007


...e sou tão feliz e tanto a ouvir Editors, que ninguem entende, ninguem vê, ninguém está...

Parabéns

Hoje faço 3 anos de existência e para comemorar, nada como um bom concerto old school...

Obrigada a todos os que por aqui passam, por todos os que agradavelmente conheci e por aí adiante...

terça-feira, junho 26, 2007


A dar uma volta ao mundo

Desafio da Pag.161

Lançaram-me um desafio engraçado.

O desafio consiste em:

1. Pegar no livro mais próximo (Não precisa de ser o que andam a ler)
2. Abri-lo na página 161
3. Procurar a 5ª frase completa
4. Colocar a frase no vosso blog ou como comentário no meu
5. Não vale procurar o melhor livro que têm, usem o mais próximo
6. Passar o desafio a cinco pessoas.

Resultado:

Aquela acumulação de cores, a brutalidade dos contrastes, a incoerência das perspectivas...

In Enfim, Juntos de Anna Gavalda

segunda-feira, junho 25, 2007


Lenore - epá, mas mesmo assim do nada?
Galas - sim, e depois choraste, choraste, choraste...mas sempre a comer caracóis


Criar uma pasta com o nome: Assuntos por resolver!


Será sempre este lugar...


Fim de semana com MUITOS altos e baixos


Tenho saudades de acordar com vontade de viver, sem me arrastar.

sábado, junho 23, 2007


Dei um prazo para isto tudo.
Terá de acontecer algo, uma mudança este fim de semana.

domingo, junho 17, 2007

Tinha saído do concerto de Ney Matogrosso, tinha sido um bom concerto.
No caminho de casa, contei a um amigo dos meus planos de regressar a Cuba, mas com ela, teria de ser com ela, fazia todo o sentido ser com ela.
Chego a casa e abro o mail, como vem sendo habitual...e lá estava a noticia.
A noticia que ainda hoje me nego a aceitar. Ela, ela morreu em Tarragona na passada semana.
Como é que é possivel? Como? Porquê?
E dói tanto, mas tanto, mas tanto...

Que merda...

E portanto minha amiga, resta-me pensar que estás bem no sitio onde estás.

A M. vai sempre estar connosco... Sinto-a ao pé de mim, o seu cheiro,
a sua força de espírito, a sua beleza.

Está em paz e nós também, com ela...

sábado, junho 16, 2007

- …Estou-lhe a ligar para a informar que o evento de hoje foi cancelado por questões climatéricas.
- Pois, eu já contava com isso, mas ninguém tem culpa, são coisas de Deus e nós só temos de acatar.

At Work


Acreditamos naquilo que precisamos, não é? E acreditamos vinte, trinta, quarenta vezes, contra todas as evidências. Vemos o mal como uma nuvem temporariamente pousada sobre a testa do outro, não como uma parte de alma dele. Somos cândidos por desespero, agarramo-nos às paredes da infância com todas as forças....


Junto de ti descobri, de repente, a alegria que trazia escondida numa cave do coração. Deixei de ter caves e sótãos dentro de mim, corredores escuros onde o vento do medo uivava. Nunca mais fui assombrada pelas roucas marés de infância. Vagueio pelos salões e jardins deste castelo onde aconteceu o milagre secreto do nosso encontro, vagueio na dança dessa adolescência em que me aprisionaste…

sexta-feira, junho 15, 2007


Quase que me obrisgaste a sair, não era o meu ideal de noite, nem pouco mais ou menos, tinha até tanto para te dizer e nada me saiu.
Passaste a noite a atacar-me até me explicares que queres que eu saía da tua vida... e saí...saí com muita pena, e sem vontade, mas deixei a porta encostada, deixei que o futuro tivesse nas tuas mãos...não por ser a decisão mais fácil, mas por ser a que achei que melhor se aplicava...
...e estou de volta ao meu mundo, cada vez mais sozinha, mais triste e sem nenhuma luz sobre o que hei-de fazer em relação a tudo o resto...

quarta-feira, junho 13, 2007


Não sou uma pessoa viciada em santos, ou comemmorá-lo.
Nunca fui.
Por vezes até me passa despercebido, ou quase, não fosse o Fernando Pessoa ter nascido á 119 anos, o Alvaro Cunhal e Eugénio de Andrade terem falecido à 2 anos...São as coisas que me fazem não esquecer o feriado de Lisboa!
Comemorar a noite de santos, bem já não ia à muito tempo.Antes ia contigo, meu amor, iamos sempre para o bailarico de Almada.Depois uma ou outra vez, com amigos, colegas de trabalho, nunca houve na realidade uma noite de santos que corresse mal.
Mas ontem os planos não eram o de sair para os santos, eram o de apenas uma conversa agradavel no meio do caos de Lisboa.Mas isso não aconteceu, por razões que nem eu mesma entendo, não foi possivél...Como não sou gaja de ficar quieta, e como não me apetecia nem ir ao cinema nem enfiar-me em casa ( se bem que era capaz de ser bom parar e descansar um pouco, pois ainda não o fiz desde que cheguei), lembrei-me dos nossos encontros em cima dos joelhos.
Perguntei-te se podias ir ter comigo e a resposta como sempre foi positiva.Não havia destino, nem planos, nem mesmo a vontade de ir para os Santos, mas a vontade apareceu quando ao chegarmos ao Chiado nos deparamos com aquela multidão de gente.
O objectivo era até mesmo ir para Santa Apolónia, mas acabámos por ir para a Bica.
Entre Vinho, Caracois, Sardinhas, gargalhadas, lá estavam as nossas boas conversas e o nosso bom humor.
Se há noites em que não paro de sorrir, ontem sem dúvida nenhuma que foi uma delas...


"Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e sobretudo viver." Dalai Lama

domingo, junho 10, 2007


- Chegas a um ponto na tua vida em que vês que mais nada vai acontecer e ficas-te pela sobrevivência...


E no regresso ainda me sinto mais perdida...

segunda-feira, junho 04, 2007

O importante não é viver, mas viajar. Ela Viajava. Sempre.

E aqui vou eu...

domingo, junho 03, 2007

Cantico Negro



"Vem por aqui" dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os brac'os, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Ha', nos meus olhos, ironias e cansac'os)
E cruzo os brac'os,
E nunca vou por ali...

A minha glo'ria e' esta:
Criar desumanidade!
Na'o acompanhar ningue'm.
Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha ma'e.

Na'o, na'o vou por ai'! So' vou por onde
Me levam meus pro'prios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vo's responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pe's sangrentos,
A ir por ai'...

Se vim ao mundo, foi
So' para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus pro'prios pe's na areia inexplorada!
O mais que fac'o na'o vale nada.

Como, pois, sereis vo's
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obsta'culos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avo's,
E vo's amais o que e' fa'cil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pa'trias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filo'sofos, e sa'bios.
Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e ca'nticos nos la'bios...

Deus e o Diabo e' que me guiam, mais ningue'm.
Todos tiveram pai, todos tiveram ma'e;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que ha' entre Deus e o Diabo.

Ah, que ningue'm me de' piedosas intenco'es!
Ningue'm me pec'a definico'es!
Ningue'm me diga: "vem por aqui"!
A minha vida e' um vendaval que se soltou.
E' uma onda que se alevantou.
E' um a'tomo a mais que se animou...
Na'o sei por onde vou,
Na'o sei para onde vou,
Sei que na'o vou por ai'.

José Régio


Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente... Isto é um princípio da natureza!

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!

Solidão é muito mais do que isto...

SOLIDÃO é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.
Chico Buarque

sábado, junho 02, 2007


Nos momentos mais importantes da minha vida, nos momentos mais decisivos da minha vida, tive sempre sozinha, estarei sempre sozinha.
E como eu gostava que alguém pudesse ver o brilho dos meus olhos nesses momentos, como eu gostava que alguém me pudesse ver realmente feliz...mas não há ninguém...não há ninguém que o queira fazer ou com disposição para tal e por isso, eternamente estarei só e o brilho dos meus olhos vai-se perdendo aos poucos e poucos...


A paixão, por mais destrutiva que seja, se calhar agradavelmente destrutiva, está primeiro.

sexta-feira, junho 01, 2007


Estarei algures aqui no meio completamente perdida...