17.º Festival Internacional de BD da Amadora
A banda desenhada que se faz na América Latina, África e Leste europeu chega em força ao 17.º Festival Internacional de BD da Amadora (FIBDA), o mais importante festival português consagrado aos quadradinhos, que se realiza entre 20 de Outubro e 5 de Novembro sob o tema "17 Graus Periféricos e o Resto do Mundo".
Muitos dos criadores sul-americanos são figuras consagradas, como é o caso de Alberto Breccia, Mandrafina, Carlos Trillo, Carlos Meglia, Solano López, Horácio Altuna, Juan Gimenez ou Quino. Mas a maioria são autores praticamente desconhecidos fora dos seus países.
Entre os criadores africanos (Camarões, Chade, Congo, Costa do Marfim, Senegal, Togo, África do Sul e outros) destacam-se os moçambicanos Adérito Wetela, Jorge da Costa Ferreira e Mabota Laércio George.
Um sub-núcleo dedicado ao "mundo árabe" apresenta criações de três países magrebinos - Argélia (retrospectiva de 40 anos de BD), Marrocos e Tunísia. Do Leste europeu vêm artistas da Sérvia, Roménia, Hungria, Albânia, Croácia e Bulgária.
A BD portuguesa tem dois núcleos principais: uma mostra individual de Filipe Abranches e a colectiva 17 Autores Portugueses Contemporâneos, integrando artistas nascidos depois de 1960 (André Lemos, António Jorge Gonçalves, Daniel Maia, Diniz Conefrey, Filipe Abranches, Isabel Carvalho, João Fazenda, José Carlos Fernandes, Luís Louro, Miguel Rocha, Nuno Saraiva, Pedro Nora, Ricardo Ferrand, Richard Câmara, Rui Lacas, Susa Monteiro e o franco-português Alain Corbel).
Outras exposições relevantes na programação são Olhar o Outro, o Olhar do Outro, com autores estrangeiros que tratam temáticas periféricas (Eric Lambé, Guy Deslile, Stassen, Marjane Satrapi ou Yvan Alagbé); e a Nouvelle Mangá na Amadora, que inclui obras dos europeus Emmanuel Guibert, Étienne Davodeau, Frédéric Boilet ou Nicolas de Crécy, e dos nipónicos Jiro Taniguchi, Kan Takahama, Daisuke Igarashi e Kazuichi Hanawa.
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