domingo, janeiro 29, 2006

VAZIO


O nosso problema está no facto de a nossa vida ser vazia.
Conhecemos sensações, conhecemos exigências sexuais, mas não há amor.
E como se faz para transformar esse vazio, como encontrar essa chama?
Esta é por certo a pergunta, não é?
Por que a nossa vida é vazia?
Embora sejamos muito activos, embora escrevamos livros e vamos ao cinema, embora nos divirtamos, amemos, nossa vida é vazia, tediosa, uma mera rotina.
Por que os nossos relacionamentos são tão superficiais, estéreis e sem muito sentido?
Conhecemos a nossa vida suficientemente bem para saber que a nossa existência tem muito pouco significado.
Aprendemos, repetimos, e a nossa vida continua extremamente superficial, entediante e repulsiva.
Porquê? Por que é assim? Porque atribuímos tanta importância às coisas da mente? Porque a mente veio a se tornar tão importante na nossa vida — quando digo mente refiro-me às ideias, ao pensamento, à capacidade de racionalizar, de avaliar, de calcular?
Porque damos uma ênfase tão extraordinária à mente?
Conhecemos esse vazio, esse extraordinário sentimento de frustração.
Por que há na nossa vida essa vasta superficialidade, esse sentimento de negação?
A solução do problema não vai ser encontrada nas teorias, que servem somente para aumentar o isolamento. Ela só será encontrada quando a mente, que é pensamento, não estiver empenhando em fugir da solidão. A fuga é um processo de isolamento, e a verdade é que, só pode haver comunhão quando há amor.
Só então é resolvido o problema da solidão...

1 Comments:

At domingo, janeiro 29, 2006 3:45:00 da tarde, Blogger Carlos de Matos said...

... gostei de te ter encontrado por aqui!

... sempre que possa cá passarei!



Xi

 

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