Para se ouvir com pleno sentir é necessário a cadeira porque a alma não pode estar a pensar nas pernas. No princípio é sempre a palavra, mas antes da palavra fala o silêncio. Depois a música como o vento sopra onde quer. Percorre todo o espaço e depois desce e entra no nosso corpo e é aqui que nasce a música. Este Festival é para Gente Sentada. Para gente que gosta de música e que não se deixa enganar por coreografias ou por saltos gratuitos porque sabe o homem não salta só com as pernas mas, sobretudo, com a intensidade do sonho e do desejo de ser e sentir. É um Festival sem barracas porque nem só de pão vive o homem. O homem vive também do desejo, da escuridão, da luz, das telhas e das colmeias. É um Festival Para Gente Sentada. A gente do palco é esta: Richard Hawley, Joe Henry, Nina Nastasia, Terry Lee Hale, Norberto Lobo e Sean Riley & The Slow Riders. A outra saberemos dela no dia do espectáculo.
Sérgio Godinho edita em cd os concertos no Maria Matos e qual não é a minha surpresa ao ver que no video da entrevista, estou lá eu e a minha linda a bater palminhas! Uma noite muito especial para mim.
Confesso que até ao intervalo, só me apetecia chorar. Foi tão agoniante, as imagens estão tão boas, que nem tive tempo para ter pena do Monstro.
No fundo tinha medo de me desiludir porque o trailer é muito bom , mas o filme também o é. Agora, ou eu ando a ver coisas onde elas não existem, ou então anda todo o mundo cego. Devo ser eu que ando a alucinar, só pode, porque devo ter sido a única a gostar do filme.
Já ontem não se falava noutra coisa e como não quero ficar atrás, pimba! Heath Ledger morreu, provavelmente suicidou-se! Agora leio em todos os sitios : - Opá, era tão novo! - Tinha tudo nas mãos, e um futuro pela frente! - Era um rapaz tão bonito! Mas já alguém se lembrou de parar de fazer julgamentos e tentar perceber o que ele sentia?
O que uma pessoa sente ao cometer suicidio? Porque é que no fundo pedimos ajuda e ninguem nos abre a porta? Tem-se o hábito de falar mal, mas e falar bem? Se as pessoas comuns por vezes não conseguem lidar com a cuscuvelhice alheia, imaginem levar com o mundo em cima?
Vejo o caso da Amy Winehouse, todos os dias aparece uma noticia dela e das suas drogas, porquê?Porque vende mais do que dizerem que ela tem uma voz lindissima...
Estou cansada destes julgamentos!
Deixo aqui o trailer de um dos melhores filmes dele, o que mais me identifiquei...
Se ninguém nos pergunta se queremos viver, porque não podemos decidir quando queremos morrer? Tudo tem uma razão e o egoismo de se pensar :epá como foi capaz com um filho por criar, é o egoismo de não tentar perceber o interior de uma pessoa, não ver a pessoa com a essência que tem em si. Nem tudo na vida vale a pena e os objectivos de uns não são os objectivos de outros. Somos seres diferentes e cada vez menos humanos...
Sorri Quando a dor te torturar E a saudade atormentar Os teus dias tristonhos, vazios Sorri Quanto tudo terminar Quando nada mais restar Do teu sonho encantador Sorri Quando o sol perder a luz E sentires uma cruz Nos teus ombros cansados, doloridos Sorri Vai mentindo a tua dor E ao notar que tu sorris Todo mundo irá supor Que és feliz!
É engraçado conhecermos alguém através do blog, e apesar de termos uma diferença de 12 anos, parecemos a mesma pessoa, com os mesmos traumas, com as mesmas ideias.Temos conversas dignas de irem parar ao postsecret!!!
Cada vez que numa noite em que se devia de fazer algo de diferente, vou parar ao Colombo, percebo que há algo que está mal. Ao chegar, parecia que não era o meu mundo e que eu nem sequer era uma pessoa, foi confuso,ver todos com uma vida... Entrei no supermercado, o lugar numero 1 para me por em depressão económica. Tiro os phones e dou por mim a ouvir Joy Division. Entrei em estado de choque a olhar para as colunas sem acreditar no que estava a acontecer. Estamos a falar do Continente, ok? Depois à minha frente tinha uma selecção gigante de comida biológica e seus amigos. Encontro o chá mais famoso na america do Sul, que procuro à anos. Coincidência! Ok isto não pode ser... Dirigi-me às lojas cliché e como sempre acabei na Fnac. A nostalgia tomou conta de mim assim como o cansaço acumulado durante a semana. Chegou uma altura em que me sentei e vi os livros com olhos de ver, chorei com as poucas forças que tinha, levantei-me e fugi dali, rumo a casa. Cruzo-me no metro com aqueles que esperaram ansiosamente pela sexta para ser alguém e na minha rua, sempre sozinha, choro mais uma vez, choro como nem em casa posso chorar. Hoje é um novo dia!!!
Porque o brilho de algumas horas de felicidade é por vezes suficiente para tornar toleráveis as desilusões e as injustiças com que a vida não deixa de nos comtemplar.
À última hora, e no stress de sempre, inscrevi-me para fugir rapidamente à agonia que me estava a consumir. Aqui vou eu, pronta para um fim de semana de paz e muita Yoga!