terça-feira, janeiro 10, 2006

P'los Animais


A Liga Portuguesa dos Direitos do Animal apoia e promove o vegetarianismo como um modo de vida saudável e ético. Dentro dos parâmetros aconselháveis através de vários nutricionistas espalhados por todo o mundo, a LPDA tem como objectivo suportar e exemplificar através dos seus meios, a função de cada alimento utilizado na cozinha vegetariana, nomeadamente a quem pretende começar com este regime natural.
O vegetarianismo é, fundamentalmente, a expressão prática de uma atitude ética dos humanos para com os outros animais que radica, essencialmente, no princípio moral de que os animais não-humanos, pelo conjunto das suas características, são seres merecedores de uma consideração moral séria e justa, com interesses elementares que são moralmente relevantes e que nós, humanos, na qualidade de agentes morais, devemos ter em linha de conta de um ponto de vista ético. O dever de respeitar os animais não-humanos imposto por este princípio encontra no vegetarianismo o seu meio privilegiado de concretização.
O vegetarianismo é ainda motivado por um conjunto de outras preocupações éticas, nomeadamente de ordem ecológica, na medida em que a exploração de animais para fins alimentares, entre outros, tem consequências ambientais que a prática do vegetarianismo facilmente evita.

O Tofú é um exemplo utilizado como uma das melhores bases para esta alimentação natural. Destaca-se como um alimento feito à base de soja altamente protéico e nutritivo, que funciona como uma importante fonte de ácidos graxos poliinsaturados, aminoácidos, minerais (cálcio, fósforo e ferro) e vitaminas (B, D, E, F, K), ao mesmo tempo que apresenta baixa proporção de gorduras saturadas e ausência total de colesterol. Por ter baixa concentração de calorias (de 72 a 87 calorias por 100 gr) e por ser de fácil digestão, é o alimento ideal para dietas de emagrecimento e alimentação de crianças e idosos. Substitui o leite de vaca em casos de alergia à lactose e diminui a tensão pré-menstrual (TPM).
Pode ser confeccionado de diversas formas: pode ser salteado junto de um combinado de leguminosas, pode ser preparado num refogado com temperos e aromas, pode ser levado ao forno ou até mesmo servido simples, cortado aos cubos e mexido numa salada.

O Seitan é outro exemplo para a cozinha vegetariana e que também pode ser confeccionado de variadas formas. É um alimento energético feito à base do glúten de trigo que contém proteínas, fibras, ferro e hidratos de carbono. Tal como o tofú, o seitan originou-se nos países orientais (China e Japão) há mais de dois mil anos atrás, pelos monges budistas durante a Era Heian, por volta de 600. É também uma grande alternativa para quem pretende integrar-se na alimentação vegetariana. Hoje é utilizado para a confecção de belos pratos tal como strogonoff com cogumelos, bifes para acompanharem com massa ou puré, picado com tomate para bolonhesa ou assado no forno regado com molho de natas.

Muitos de vós já entraram num restaurante chinês ou japonês e tenham tido curiosidade em experimentar algas. Podem ter gostado (ou não) da experiência mas independentemente disso elas desempenham um papel bastante importante no nosso organismo e na nossa alimentação diária. Os seis tipos de algas mais conhecidos e que estão à venda no mercados são: Nori, Wakame, Kombu, Aramé, Hiziki e Agar-Agar. Existem outras menos conhecidas como a dulse, a mekabu e a alface do mar, que também podem ser adquiridas em lojas de produtos naturais. Todas elas são riquíssimas em várias propriedades, nomeadamente no complexo vitamínico B (algumas delas, uma quantidade assinalável de vitamina B12, que se considera só existir nos produtos de origem animal), cálcio e todos os minerais totais. Podem ser preparadas em casa da forma mais criativa, como esparguete de algas, empadão ou rissóis.

Algumas receitas serão lançadas na mailing-list da LPDA:

1 Comments:

At quarta-feira, janeiro 11, 2006 11:51:00 da tarde, Blogger marmeleira said...

A adopção de uma dieta vegetariana tem muito que se lhe diga. Gosto de comida vegetariana mas não adopto esse modo de vida, pelas consequências que uma massificação dessa "moda" pode provocar no ambiente. Ouvi dizer que a soja, (um vegetal muito usado na confecção de alimentação para vegans) é razão para abater árvores na amazónia. E o que aconteceria se ninguém comesse carne? Que se fazia aos animais que servem de alimento? Iriamos guardar vegetais para eles? O Homem desde sempre é omnívoro e mudar isso é trazer um maior desequilíbrio do que já provocamos. A produção em massa de alimento de origem animal é que tem de ser repensado. Peço desculpa pelo "testamento".

bjs

 

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