terça-feira, novembro 22, 2005

D. Quixote


Ana Lacerda e Carlos Acosta

A CNB mantém a tradição de apresentar grandes clássicos na época de Natal.
Com D.Quixote, o público de todas as idades é convidado a percorrer um imaginário festivo e hilariante, em equilíbrio suspenso entre a ilusão do herói e o meio áspero que o rodeia.

A recriação das aventuras e desventuras de D.Quixote renova o sentido sempre actual da obra-prima de Miguel de Cervantes, que tem inspirado muitos coreógrafos.

A CNB apresenta, em estreia em Portugal, a versão de D.Quixote de Mehmet Balkan, com acompanhamento da Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de São Carlos dirigida pelo Maestro James Tuggle.
É uma grande produção que confirma em absoluto as virtudes de uma estreita relação entre a grande literatura e o ballet clássico.
Para esta estreia vamos contar com a presença de Carlos Acosta, primeiro bailarino do Royal Ballet, que terá como "partenaire" Ana Lacerda, bailarina principal por excelência da CNB.

Dias 16 de Dezembro (Gala edp)
17, 22, 23, 28, 29, 30 às 21:00 | 18 às 16:00
Preçário: entre 5 e 40 Euros

Saiba ainda que...
D. Quixote é o herói obstinado que enfrenta de forma intrépida as dificuldades que obstam à realização plena dos seus sonhos. Os seus ideais de honra e de heroísmo desenvolvem-se no plano da sua imaginação.
A amada Dulcinea é um dos delírios fantasiosos que D.Quixote julga ver desde o primeiro olhar sobre Kitri. Essa doce transfiguração da sua consciência, sempre efémera, só se materializa por momentos quando Kitri se faz passar por Dulcinea.
Pode dizer-se que o idealismo exacerbado de D.Quixote colide sempre contra moinhos de vento e, por essa razão, o nosso herói nunca satisfaz as suas aspirações elevadas, quer em termos amorosos, quer em termos de afirmação heróica.
São estes trilhos sinuosos que dão mais beleza ao movimento e acção de um D.Quixote convicto nos seus passos e com esperança no olhar.

A estreia de D.Quixote na versão de Mehmet Balkan enriquece o repertório da CNB, num bailado em que as danças de folclore espanhol (as chamadas danças de carácter) se fundem com a dança de tradição clássica.

«É a mais triste de todas as histórias e mais triste ainda porque nos obriga a rir; o seu herói é um justo e anda em busca da Justiça; tem a única intenção de dominar a maldade e só em luta desigual encontra a sua recompensa».
Lord Byron




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